segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Mediocridade. Perturbação.

Deitou-se e começou a pensar. Acendeu lentamente um cigarro, observando a vivacidade das chamas. Sentiu inveja por não ter em si mesma tamanha beleza e energia. Seus olhos, normalmente serenos e brilhantes, não sustentavam sequer uma fagulha de sensatez. Colocou seus óculos escuros, escondendo covardemente sua vulnerabilidade. Por um segundo, teve vergonha do próprio luar.

O céu estava tristemente deslumbrante: estrelas e nuvens pareciam se acompanhar, numa marcha sem qualquer objetivo ou pretensão. O ritmo era cadenciado e sonoramente mórbido, espalhando um grito de libertação e horror na calada da noite. Ela sorriu. Sua vida não estava diferente: era completamente guiada pela marcha negra e fúnebre da incerteza e da discórdia. A valsa que guiara sua vida até ali não mais existia, e o que sobrou foi apenas a sensação da realidade sobre suas costas. Tudo muito simples, objetivo e doloroso demais. Teve a plena certeza de que suas atitudes eram irracionais, pueris e desnecessárias. Desmoronou.

A mediocridade pulsava em sua pele. Em meio às baforadas ainda trêmulas e incertas, começou a pensar na vida e em sua ausência. Arrepios. A perda da individualidade havia abandonado a esfera moral e alcançado os mais altos níveis viscerais. Dilaceração. Dor. Tudo medíocre. Reconhecimento? Apenas de suas fraquezas. Compreensão? Nem mesmo de suas lágrimas. Olhou para o horizonte, e tudo o que viu foi um grande vazio; voltou-se para o passado, e tudo o que percebeu foram algumas presenças sem sentido. Tentou viver o presente. Fracassou.

domingo, 11 de outubro de 2009

Dormir... Flagelar... Viver.

Todo mundo diz que devemos viver o presente, sem olhar para o passado ou incomodar o futuro. Eu não. Acordo em diversas noites simplesmente pensando no rumo das coisas, como elas se modificaram ou se modificarão. Fico procurando significados em diversos gestos e atitudes mas, na maioria das vezes, pego novamente no sono. E sonho.

Sonho com um futuro digno, sem dificuldades ou conflitos. Sonho com a mulher ideal, que aparece ainda disforme em meus pensamentos. Tudo vai bem. Os níveis de endorfina parecem estar altos. Esboço um sorriso e... Acordo. Não vejo nada além do nada. Novamente me vejo envolto em sinapses catastróficas e com pouco sentido. O sorriso desaparece de imediato. Penso no presente, no futuro. No passado. "Como seria não existir? E se eu simplesmente não tivesse nascido?". Um arrepio percorre meu corpo, uma sensação de vazio toma conta do meu peito e me sinto terrivelmente mal [Já pensaram em simplesmente não existir?]. Torço para nunca mais ter pensamentos deste tipo, mas eles, como fantasmas teimosos, sempre retornam. Sinto medo. No fim de tudo isso, tenho uma sombria resposta. Sem minha presença, o mundo continuaria exatamente igual. Desgraças e intolerância ainda seriam sinônimos de coexistência pacífica; Bush e Dalai Lama ainda teriam existido. Minha ausência afetaria 10 ou 20 pessoas, se muito. Num mundo de bilhões de pessoas, isso não é nada. O medo passa, então, à angústia.

Entro então num ritual de auto-flagelação. Qual é, afinal, o sentido da minha existência? A resposta mais imediata e otimista se baseia em algumas premissas biológicas: "nascer, desenvolver, reproduzir, morrer". Neste momento, me sinto como uma mera máquina cumprindo padrões sociais. Acordar, sorrir algumas vezes, dizer algumas palavras e representar no teatro da maravilhosa modernidade, sem nenhuma plateia. Na representação deste grande teatro, todos são atores. A maioria deles não atinge nem mesmo a mediocridade. Volto para casa, sorrio mais algumas vezes e sinto a realidade tomar conta de mim. Fico desapontado pela falta de perspectivas e respostas e, como uma companheira sombria e agradável, a noite chega. Durmo, mas não sem antes perceber a verdadeira significação da solidão. Mais sonhos e cada vez menos endorfina. Acordar... Idealizar... Dormir... Flagelar... Viver. Tudo de novo.

sábado, 11 de julho de 2009

Como localizar o Peths na Fogueira

Chegou o grande dia! A Corrida da Fogueira é hoje! Apesar de eu estar com um medo quase mortal de não conseguir chegar vivo, convido você, caro leitor, a ir lá me ver e prestigiar o evento. Mas você deve estar se perguntando: como localizar o Peths em meio a tantos corredores? Simples. Veja a foto do Kit da corrida:

A plaquinha é bem conveniente, não? Heh. E seja o que Deus quiser.

Edit: A corrida foi muito boa! Empolgante! HOHO! Quando eu tiver o resultado exato, o tempo e tal, coloco aqui. Ah, eu cheguei vivo =D

domingo, 28 de junho de 2009

Matéria sobre a Fogueira

Como eu já havia dito antes aqui no blog, participarei da Corrida da Fogueira. Pois bem. Esta semana dei uma entrevista sobre isso para o jornal Tribuna de Minas, que fala de corredores que nunca participaram, e tal. A entrevista saiu hoje, mas... Eles erraram um dado. Disseram que vou correr 5km, a metade da prova! Poxa, vou correr a prova completa, 10km! Fail!

Odeio erros quantitativos. ¬¬

Enfim. Torçam por mim.

PS.: Ainda não acredito que o Michael morreu.

sábado, 13 de junho de 2009

Eu na Corrida da Fogueira!

Como já comentei aqui no Blog, sou corredor amador há um ano e meio, mais ou menos! Pois bem. Em Juiz de Fora, onde moro, existe uma corrida tradicional: a Corrida da Fogueira. É realizada durante a noite, e o percurso é de 10km. Eis que, este ano, vou participar! No ano passado tive alguns probleminhas (que não lembro quais) e não pude correr.

Venho dizer publicamente que estou começando meus treinamentos específicos para a prova, que vai acontecer no dia 4 de Julho. Gostaria também de convocar algum (a) cobaia companheiro (a) para me acompanhar nos treinos. Alguém aí topa? Ah, e se eu ficar exausto no meio do caminho, a pessoa deve, obrigatoriamente, me trazer em casa. Heh.

\o/

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Julgamento do diploma

"Adiado na tarde desta quarta-feira, o julgamento do Recurso Extraordinário RE 511961, que questiona a exigência do diploma em curso superior de Jornalismo como requisito para o exercício da profissão, foi remarcado para o dia 17 de junho. A Executiva da FENAJ reúne-se neste feriado de Corpus Christi para traçar novas estratégias da campanha em defesa do diploma neste momento decisivo para o futuro do jornalismo brasileiro." Fonte: FENAJ.

Lead auto explicativo. Como vocês viram, o julgamento, que seria realizado no dia 10, foi remarcado para a semana que vem. Torçam pela manutenção do diploma! Quem quiser saber mais, clique aqui.

domingo, 31 de maio de 2009

Ética: adote-a agora!

Era uma vez uma garotinha chamada Ética. Ética era órfã, carente, e gostava muito de atenção. Fazia de tudo para que todos a notassem, onde quer que ela decidisse estar. Porém, isso não acontecia. A grande maioria das pessoas simplesmente a esquecia! Então ela passava seus dias a chorar pelos cantos; não por seu próprio esquecimento e abandono, mas pela sociedade. Um choro de pesar pela ignorância do homem em não adotá-la. Um choro convulsivo que presenciava, de mãos atadas, a escolha de um percurso que culminaria na ruína. “Ahhh, se pelo menos eles me conhecessem melhor...”, pensava Ética, com tristeza, em suas noites solitárias.

Seu nome era preenchido de significados que só ela parecia compreender. Sábios diziam que era o estudo dos juízos de valor aplicáveis à conduta humana. Sua melhor amiga, a Moral, também era parecida com ela, exceto por ter um significado um pouco diferente: conjunto das regras de conduta consideradas eticamente válidas. Definição longa, mas que pode ser simplificada se considerarmos um sistema moral.

Os sistemas morais geralmente são concebidos à maneira dos sistemas físicos, onde há coisas possíveis e coisas impossíveis. Porém, ao contrário da natureza, onde o impossível não acontece, nos sistemas morais, o que não é permitido frequentemente ocorre. Este é um dos grandes problemas da atualidade: a transgressão dos princípios éticos. Principalmente quando consideramos o envolvimento dos jornalistas neste processo. É sabido que a imprensa detém grandes poderes de construção e desconstrução, e a falta de ética pode culminar em desastres.

Outro grande problema é considerar todas as significações da ética. Ela não pode simplesmente ser listada em alguns mandamentos e normas de conduta. A consciência individual é o ponto determinante do que é certo e do que é errado. No caso de um jornalista, por exemplo, tem-se o sigilo das fontes. O sigilo é aplicável a todos os casos? Depende do julgamento de cada um, de cada contexto. Outro ponto é importante: para se chegar a uma verdade de interesse público, vale tudo? Os fins justificam os meios? Discussão ampla, que nem sempre gera grandes certezas. A única grande certeza é dizer que abandonar a ética é dar carta branca para atitudes irresponsáveis e arbitrárias. Abandonar a ética chega a ser, acima de tudo... Antiético.

sábado, 16 de maio de 2009

Quem não reeleger em 2010 - Parte 1

Fiquei sabendo ontem da discussão entre o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS) e o radialista Roberto Canázio, da Rádio Globo, ocorrida na quinta feira (14/05). Porém, ainda não havia escutado a entrevista que gerou tal discussão. Acabei de ouvir. Sinceramente, as palavras e atitudes do deputado foram PATÉTICAS! Tal posicionamento infeliz mostra o que devemos fazer nas próximas eleições, e espero que a sociedade não esqueça disso.

Tendo como estopim este ocorrido, crio aqui uma lista de quem NÃO VOTAR nas próximas eleições. A lista será progressiva, e será abastecida de acordo com o posicionamento dos parlamentares perante à opinião pública (a mesma que o Dep. SÉRGIO MORAES "se lixa").

Ouça a entrevista clicando aqui. Tenha paciência e ouça até o final. A indignação que tomou conta de mim certamente irá lhe atingir também. Talvez seja isso o que falta para agirmos corretamente frente às urnas.


Dados do parlamentar:

Nome Civil: SÉRGIO IVAN MORAES
Aniversário: 27 / 4 - Profissão: COMERCIANTE
Partido/UF: PTB - RS - Titular
Gabinete: 380 - Anexo: III - Telefone:(61) 3215-5380 - Fax:(61) 3215-2380
Legislaturas: 07/11
dep.sergiomoraes@camara.gov.br

Saiba mais sobre o deputado clicando aqui.

Fonte: Câmara dos Deputados

Intercom Sudeste 2009

Como alguns já sabem, na semana passada eu fui para o Rio de Janeiro, para o Intercom Sudeste deste ano. Para quem não conhece, o Intercom é um congresso de comunicação que, este ano, aconteceu na UFRJ. O tema central desta vez foi Comunicação, educação e cultura na era digital.


O evento, de um modo geral, foi proveitoso. É fato que muitas vezes o conteúdo das discussões e trabalhos não foi dos mais bem articulados, e até me decepcionei algumas vezes. Houve mais alguns probleminhas na organização do evento, gerados pela má vontade de alguns funcionários, pelo que pareceu. Porém, isso não eliminou todos os bons momentos que passei por lá. Mais que um congresso, o Intercom foi uma ótima oportunidade de conhecer novas pessoas e reafirmar laços de amizade e companheirismo! Até pude conhecer a Lapa! Ah, e ainda pretendo conhecer mais do Rio. Aquilo lá é lindo!

Pois bem. Antes de ir, eu estava pensando em, obviamente, levar uma mala de viagem. Fui então alertado que deveria levar algo fácil para carregar, já que no primeiro dia iríamos chegar e ficar lá direto. O contrário também vale para o último dia; iríamos embora direto da universidade. Fui então procurar uma mochila grande e discreta, afinal, todos me apavoram quanto à violência no Rio. A última coisa que eu iria querer era chamar atenção. Vejam então a foto abaixo:


Claro, sou o rapazinho que está com a mochila VERDE LIMÃO. Discreto, não? Minha presença deve ter sido marcante por lá, presumo. Heh.

PS.: Nunca tenho um computador com internet por perto para postar no Twitter. Minha experiência está sendo um fracasso!

PS2.: Estou tentando mudar um pouco as coisas do blog. Mudei um pouco o layout, mas ainda está estranho. Um dia eu arrumo.

domingo, 3 de maio de 2009

Perfil: A Saga de um Imperador Urbano

Acordar às 6 da manhã, preparar o café da manhã de três filhos e se arrumar para o trabalho no centro da cidade. Muitos interpretariam a rotina de Júlio César Araújo, de 35 anos e nascido em Manaus, como apenas mais uma, não fosse sua profissão. Quem passa pelo calçadão da Rua Halfeld, no coração de Juiz de Fora não deixa de notar o trabalho do homem com nome de imperador. Há sempre tempo para uma dar olhada na escultura viva que já se tornou um símbolo da cidade, em frente ao Cine-Theatro Central. Cada olhar lançado para a estátua pode facilmente vir acompanhado de um sorriso, graças aos movimentos cadenciados realizados pela estátua quando há o reconhecimento de seu trabalho.


Júlio caminha cerca de quatro quilômetros do bairro Santo Antônio, onde mora, até um hotel no centro da cidade para se preparar para mais um dia de estátua. A caminhada, diz ele, ajuda a esquentar o corpo e evitar algumas lesões. Ao chegar ao hotel, ele ainda gasta 40 minutos se maquiando com uma tinta de composição especial, a qual ele não revela completamente. É assim que se inicia o dia de um homem que, contrariando todas as frases prontas, ganha a vida e sustenta sua família sem se mexer.

Poucos imaginam que hoje, aquele que é uma estátua, já trabalhou como vendedor, e até em uma gráfica; imaginam menos ainda que o atual ofício lhe rendeu uma participação no filme “Cidade dos Homens”, além de uma aparição no “Fantástico”. O artista conta que iniciou o trabalho por conta de necessidades financeiras, no Rio de Janeiro, onde trabalhou durante dois anos em Copacabana. Depois, ele afirma, tomou gosto pelo que faz. Isso devido à influência de sua ex-mulher e de alguns amigos, que já trabalhavam com a “arte da imobilidade”. No início, ele diz, o processo de se maquiar levava cerca de duas horas, além de existir o desperdício de material. Com o tempo, a técnica foi aprimorada; o gasto de tinta diminuiu, e o trabalho se tornou menos desgastante. A ida ao banheiro não se fez mais necessária. “O corpo acaba se condicionando. Eu não como nada o dia todo. O máximo que eu faço é me hidratar, às vezes”, afirma.

Seu primeiro personagem representado - não por acaso - foi justamente Julio César, o imperador romano. Além do fato de serem homônimos, o artista conta que a escolha deste personagem se deu por conta da aparência e das feições do rosto da estátua original, que, segundo ele, são um pouco semelhantes às suas. Hoje ele representa um anjo.

Júlio chegou a Juiz de Fora em 2006, por indicação de sua atual mulher, buscando fugir da violência carioca. Os resultados, segundo ele, foram bons. Ele afirma que os mineiros têm uma receptividade incrível, além de valorizarem mais as atividades culturais. Como exemplo, tem-se um contrato de exclusividade que fora firmado entre ele e uma empresa de eventos, no início de seu trabalho na cidade.

Por outro lado, um dos maiores problemas enfrentados por ele é a falta de educação. Muitos já o insultaram, além de desvalorizarem explicitamente sua profissão. O artista, de modo diferente, sem reagir às provocações, responde justamente com o que falta nessas pessoas: respeito. Em tais situações, ele aproveita para exercitar o que considera uma das maiores virtudes do ofício, a paciência. Seu trabalho, ele conta, com humildade, é feito para agradar ao público, e carisma e postura corporal são fundamentais. Neste sentido, sem uma conduta adequada, sua imagem é prejudicada. Além dos insultos, outro grande problema é o assédio feminino, bem como a ação de curiosos, que se encostam à tinta de seu corpo, para ver se ela sai.

Quando indagado sobre a existência do reconhecimento à profissão, ele diz que já houve casos em que a consideraram como somente mais uma forma para pedir esmola. O anjo urbano também reitera que a televisão exerce um papel fundamental neste sentido. A definição do que é a arte acaba sendo restrita àquilo que os meios de comunicação exibem como tal. O trabalho de uma estátua viva no Brasil ainda não é visto com bons olhos em grande parte por conta disso. Júlio conta que, em muitas ocasiões, os elogios partem de pessoas que já viram este tipo de arte em outros países. No que diz respeito ao incentivo a esse tipo de arte, o governo brasileiro nada faz, segundo ele, apesar de existirem sindicatos em defesa das estátuas vivas.

O homem-estátua diz que em Julho pretende viajar para a Alemanha, onde sua mãe mora, para ver a repercussão de seu trabalho. Se tudo der certo, ele pretende voltar mais duas vezes, para mais tarde encerrar sua carreira. “Quando chegamos a determinada idade, o corpo se cansa mais facilmente”, diz.

Depois de cada dia de trabalho, a estátua com feições aristocráticas e humildade em seus gestos ganha vida novamente. De volta ao hotel, o processo de remoção da maquiagem se inicia, e, após tudo isso, Júlio César enfrenta novamente os quatro quilômetros, para começar tudo outra vez no dia seguinte e encantar adultos e crianças.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fiz um Twitter!

Depois de mais de um mês sem atualizar o blog, divulgo aqui uma notícia que vai mudar para sempre a compreensão da vida. Fiz um Twitter. Depois de relutar durante meses, xingar e questionar a utilidade dessa joça, resolvi experimentar. Portanto, quem quiser ver como anda minha adaptação às novas tecnologias, me acompanhe lá.

Ah, e eu juro que isso não tem a ver com a reportagem exibida no Fantástico. O Moreira me convidou, e... Here I am.

Ah, e juro que vou escrever algo que preste nesse blog, nos próximos dias. (Y)

sábado, 14 de março de 2009

O bom senso deve acompanhar a tecnologia!

Outro dia comecei a refletir um pouco sobre a tecnologia e todas as suas implicações. Caí novamente na associação com o progresso, que já citei aqui, e continuei a "devanear" com a ideia de que tecnologia não implica em avanço. Muitas mentes brilhantes criaram tecnologias para o bem, e se frustraram ao ver que o propósito original fora ignorado. A vida virou morte, a ética foi derrubada e a estupidez se sobressaiu ao bom senso.

Este texto, entretanto, discute um assunto isolado, bem menos complexo. Todos certamente já viram aqueles celulares com mp3, certo? Eles têm autonomia para reproduzir músicas em um volume considerável. Até aí tudo bem. O problema é quando as pessoas se utilizam desse recurso em ambientes públicos.

Curto e grosso

Nessa semana eu estava dentro de um ônibus, quando começa a tocar uma porcaria mais ou menos assim: "TITANIC, TUN TUN TITANIC YOROROAOAA *putaria aleatória* TUN TUN". E foi assim até eu saltar no meu ponto. Sorte. Heh. Pois bem, daí surgem algumas considerações:

1. Se eu não estou com meu mp3 (ou coisa parecida) em mãos, presume-se que eu não quero ouvir música. Muito menos barulhos, como foi o caso do ônibus;

2. Espaços públicos (na verdade, privados também), bem como a convivência, de modo geral, pedem bom senso. Para isso inventaram o fone de ouvido que, inclusive, vem com estes celulares. Ah, sim, e por isso inventaram a escola e os pais;

3. Eu odeio funk.

Um bom fim de semana para você. Sem inconveniências. (:

PS.: Como não escrevi sobre o assunto, deixo aqui uma observação: Collor + Comissão de Infraestrutura? Com o perdão da palavra: puta que pariu. O Sarney, o Renan e o Collor estão fazendo uma festa e o Brasil não está nem aí!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ócio e produtividade

Não sei se isso acontece também com vocês, mas eu produzo muito mais quando eu tenho mil coisas para fazer. Pelo menos no que diz respeito à escrita! Nesse sentido, vocês já devem ter percebido que eu ainda estou de férias, não é? Bendito ócio.

O blog está um pouco paradão, eu reconheço. Cansei de falar sobre o exército (fui dispensado só nessa quinta-feira), e aí... Bem, e aí nada. Não viajei, não vivi momentos tão inesquecíveis que merecessem/pudessem ser detalhados e comentados por mim aqui. Resultado? Desliguei-me do universo dos blogs, por um tempo. Não postei, não comentei. Posso dizer que o tesão de me sentar e escrever recusou-se a aparecer (rimou!)*.

Mas, tenho uma boa notícia: minhas aulas começam essa semana, e aposto que minha ânsia e escrever artigos e tecer comentários úteis (ou inúteis) volta rapidinho! Aguarde!

*Já estou até fazendo rimas. Bom sinal!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Pocket post - Maldição de ser jornalista

Eu sei que eu sumi e, assim que puder, produzirei algo mais interessante para o blog! Enquanto isso fiquem com um texto que circula na rede, de autoria desconhecida, sobre a vida de Jornalista. Abraços!

Maldição de ser jornalista

Conta a lenda que, quando Deus liberou para os homens o conhecimento sobre como ser jornalista , determinou que aquele saber iria ficar restrito a um grupo muito pequeno e selecionado. Mas neste pequeno grupo, onde todos se achavam "semi-deuses", já havia aquele que iria trair as determinações divinas. Então aconteceu o pior. Deus, bravo com a traição, resolveu fazer valer alguns mandamentos:

1º. Não terás vida pessoal, familiar ou sentimental;

2º. Não verás teu filho crescer;

3º. Não terás feriado, fins de semana ou qualquer outro tipo de folga;

4º. Terás gastrite, se tiveres sorte. Se for como os demais terás úlcera;

5º. A pressa será teu único amigo e as suas refeições principais serão os lanches, as pizzas e o China in Box;

6º. Teus cabelos ficarão brancos antes do tempo, isso se te sobrarem cabelos;

7º. Tua sanidade mental será posta em cheque antes que completes 5 anos de trabalho;

8º. Dormir será considerado período de folga, logo, não dormirás;

9º. Trabalho será teu assunto preferido, talvez o único;

10º. A máquina de café será a tua melhor colega de trabalho, porém, a cafeína não te farás mais efeito;

11º. Terás sonhos, com clientes, e não raro, resolveras problemas de trabalho neste período de sono;

12º. Exibirás olheiras como troféus de guerra;

13º. E, o pior... Inexplicavelmente gostarás de tudo isso.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Lembrança e conveniência

Esses dias o Rafael disse que se lembrou de mim, em Viçosa. Por que? Vejam a foto que ele me mandou:


Conveniente, não? Heh. Abraço!

PS.: Uma observação: fiquei um gatão de farda. ¬¬

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Valeu!

Este post é para agradecer ao Caio, do O Hodierno, pela confiança. Ele sempre me indica para o selo dos melhores blogs, e tal! Caio, valeu! Eu só não os coloco aqui porque eu nem gosto muito de ficar repassando, e tal!

Mas sinto-me honrado, de verdade!

Abração para todos.

Braço forte, mão amiga - Parte IV

Se você não leu os outros posts, leia clicando aqui, aqui e aqui.

Fui no quartel quatro vezes durante as últimas duas semanas. Confesso que já estou até me acostumando com o ambiente. Confira abaixo alguns fatos peculiares.


A chegada

Geralmente chego lá uns quinze minutos antes do horário marcado. Coloco a camisa para dentro da calça (normas do quartel). Aguardo a chamada e a distribuição dos crachás. Ah, tudo isso estando em fila, alinhado. Um dia eu quase ganhei falta, já que estavam fazendo a chamada pelos números que temos lá. Eu não lembrava o meu ;D


O primeiro dia

O primeiro dia, sem dúvida, foi o pior. Por que? Porque eu fui lá para não fazer nada. Simplesmente tive que ficar sentado no chão (alinhado, claro, e de um modo pré-estabelecido por eles) durante três horas e meia, para depois assinar uma lista. Bom, não é? Eu mal sentia minhas pernas, e minhas nádegas estavam implorando por um assento acolchoado.


O segundo dia

Retornei e, dessa vez, fiz mais coisas. Além de obedecer a comandos militares (cobrir! firme! descansar! sentido!) milhares de vezes, para treinar, cantei o hino nacional exaustivamente. Eles distribuíram até algumas folhas com a letra, já que muita gente não sabia tudo. Vale dizer que eles escolhiam pessoas aleatoriamente, para cantar o hino de pé, sozinhas. E tinha gente lá que só sabia os dois primeiros versos!

Entre as demonstrações de amor à pátria, estavam entrevistando os conscritos. Consegui argumentar bem a meu favor, para não servir. Porém, uma resposta concreta só poderia ser dada dia 02/02. Continuei no Exército, e voltei no dia seguinte.


O terceiro dia

Hino nacional. Comandos militares. Além disso, fiz outro exame médico (sim, abaixei as calças de novo) e outro exame odontológico. Fui considerado apto, apesar de a minha pressão estar um pouco alta. Depois de mais algum tempo sentado, fui embora, um pouco triste por ter que retornar novamente na manhã seguinte.

Ah, um fato importante: neste dia, à tarde, fui mostrar o resultado de alguns exames para minha cardiologista.


O quarto dia

A mesma rotina. O hino, os comandos. Porém, desta vez, fizemos uma redação e vimos dois vídeos! O contato de minhas nádegas com uma cadeira pareceu sublime, depois de tanto tempo no chão, sujando minhas calças.

Este foi um dia estratégico: lembram dos exames que fui mostrar à cardiologista? Então. Os resultados me renderam um atestado. Procurei o médico do Exército e... Inapto. Sim, fui considerado inapto. Logo, não vou servir. Só resta saber quando pegarei minha dispensa! HAHAHA!

Volto lá amanhã. Vamos ver no que vai dar, né?

PS.: Desculpem pelo meu sumiço!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Aniversário!

Bem, hoje é meu aniversário. Sendo assim, aguardo meus presentes durante essa semana! Sabem como é o Correio no final/início de ano, né? Atrasa tudo. Hahahahaehaee...

Brincadeira. Eu só gostaria de agradecer publicamente a todos os que se importaram com esta data e fizeram questão de me parabenizar. Agradeço a todos pelas palavras de apoio, piadinhas, brincadeiras, declarações, tudo. Recebi mensagens hoje que ficarão guardadas por muito tempo! Muito obrigado!

Um alô especial para a Safa, do Antes Safada do Que Tapada, que me deu os parabéns lá no blog!

PS.: A Bárbara, do Crônicas de Bárbara, até colocou no nick do MSN uma mensagem me parabenizando. Achei bonitinho dar um alô para ela também! Hahahahaha...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Meme: seis fatos aleatórios sobre mim

Recebi um meme dos blogs Antes Safada do que Tapada e do Crônicas de Bárbara. Então, aí vai. Vamos às regras:

1. Colocar o link de quem te indicou para o meme.
2. Escrever estas 5 regras antes do seu meme pra deixar a brincadeira mais clara.
3. Contar os 6 fatos aleatórios sobre você.
4. Indicar 6 blogueiros pra continuar o meme.
5. Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.

Agora as respostas:

- Meu apelido na sexta série era "gordinho safado";

- Eu comia Miojo cru, quando era menor. E gostava;

- Certa vez comecei a fazer ruídos pornográficos no banheiro do colégio, bem alto, junto com alguns amigos. Quando eu saí de lá, a escola inteira estava olhando para mim. Inclusive os funcionários;

- Eu reparo em pés femininos. Os que são bem cuidados e tal, me atraem. Digamos que são... sexies. Ah, e pouca gente sabia disso;

- Nunca fiquei com mais de uma pessoa em uma noite;

- Na época em que havia feito 18 anos, fui numa festa de 15 anos, e estava me sentindo "o mais velho". Fui pegar uma dose de Whisky, e o garçom não quis me servir. Nem quis olhar a minha identidade. Fiquei puto!

Por fim, eu indico:

- Falar é Fácil;
- Deia C.;
- Deleitar;
- Janaína AlmCost;
- O Hodierno;
- Everything is Illuminated.

Abraços!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Braço forte, mão amiga - Parte III

Agora minhas aventuras no Alistamento Militar já deram conta de uma pequena trilogia. E vai render mais. Se você ainda não leu os dois primeiros “capítulos”, clique aqui e aqui.

Cheguei ontem (13/01) na junta militar com dois amigos, o Rafael e o Lucas Gabriel, às 7:45, quinze minutos antes do horário marcado para o início das atividades. A sala de espera já estava tomada pelo excesso habitual de testosterona, com dúzias de marmanjos se espremendo nos bancos. Fiquei de pé até os primeiros serem atendidos, observando toda a movimentação, em silêncio. A falta de educação de alguns militares era evidente. Em seguida, me sentei, mas logo fui removido para a fileira do lado, para que outros também pudessem ter lugar. Consegui pousar meia nádega na ponta de um banco. Olhei feio para o conscrito à minha esquerda – que estava com as pernas inconvenientemente abertas – procurando espaço para a nádega direita. Me acomodei, a contragosto do marmanjo adjacente.

À minha volta, o ambiente já era familiar. As velhas divisórias, os cartazes, o teto alto, a atmosfera arrogante. Tudo bem inconfundível, inclusive alguns rostos, já conhecidos de outras etapas do alistamento. Após um minuto de autismo voluntário, percebi que conversas vazias e piadinhas povoavam todo o ambiente, mas não disfarçavam o clima de apreensão. Cada nome chamado era um zumzumzum. Todos prestavam bastante atenção na lista de nomes, lida rapidamente. Quem “dormia no ponto”, era prontamente acordado pelos militares, de um jeitinho especial. Algo do tipo “WTF? Wake up and fight, asshole!”.

Aqueles que haviam conseguido meios não tão burocráticos para serem dispensados sorriam, discretamente, com um ar superior. Alguns até ousavam dar uma boa risada, perto de algum conhecido. Naquele momento, muitos possuíam seu momento de glória particular. Fala de um deles, a um amigo: “Ah, agora vamos ver se nosso peixe funcionou”.

Funcionou. O peixe virou pássaro, e os amigos saíram dali voando, rumo à liberdade. Com o perdão da metáfora terrível.

Acabei ficando sonolento, ao ver toda aquela movimentação padrão dos moribundos que ali estavam: fila e, em seguida, desânimo ao tomar conhecimento da designação; ou, mais raramente, fila e saudações felizes aos colegas, ao irem pegar o comprovante de dispensa. Tudo isso dezenas de vezes. Resolvi me livrar do tédio, olhando para a TV. Um DVD do exército estava parado no menu principal, e o título dizia “Operação nãoseioquelá – Juiz de Fora”. Ninguém ousava apertar o play, e aquilo estava começando a me intrigar. Quando ouvi pela décima quinta vez o trecho da musiquinha infernal que acompanhava o menu, uma crise incontrolável de TOC começou a me aterrorizar. Meus instintos começaram a falar mais alto. Remexi-me, procurando alívio para aquela situação e, quando já estava pensando em cometer algumas sandices, um oficial pediu para um marmanjo apertar o bendito botão. Não foi uma escolha muito sábia; talvez tenha sido melhor ver o maldito menu infinitas vezes, mesmo com aquela musiquinha.

O que eu vi foi aterrorizante; ou melhor, ainda mais entediante. Não percebi erros grotescos de português durante o vídeo, como quando fui ao quartel, mas as imagens e a edição eram... estranhas. Fiquei vendo um helicóptero pairar no ar por vários minutos, de diversos ângulos. A imagem não tinha emoção nenhuma, e não me comoveu. Em seguida, cenas de rapel (no helicóptero) foram exibidas. Foi quando percebi que havia dois militares pendurados por um cabo (até aí tudo bem), e a música de fundo era... Love Generation. Sério, isso soou um pouco estranho. Foi aí que toda a minha malícia começou a entrar em ação... LOVE GENERATION? DOIS MILITARES PENDURADOS JUNTINHOS? Heh. E mais: o Exército vive promovendo o patriotismo, certo? Então, por que não usar músicas brasileiras? Aposto que quem editou o vídeo não entendia bulhufas de inglês. E de publicidade. De resto, só ouvi algumas músicas com algumas letras pornográficas (como me alertou o Rafael), enquanto os soldados marchavam disciplinadamente. Por fim, aparecia um soldado bebendo água, demoradamente. E foi só o que consegui ver.

A partir daí fui chamado, e assinei umas cinco listas. Depois esperei em mais umas duas filas. Vi muita gente sendo dispensada. Mas eu, com minha imensa sorte e inacreditável influência no meio militar, não fui. Vou me apresentar em outra base militar no dia 19, fazer mais exames, e ver tudo começar de novo... Ainda dá para ser dispensado, embora eu ache que eles gostaram de mim. Aguarde novidades.

- Para constar: não tenho nenhum tipo de preconceito! Somente o que fiz neste texto foram algumas observações, fruto de uma mente perspicaz e um pouco impura.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Fatos sobre o Oriente Médio

Protestos na Faixa de GazaHoje presenciei uma pequena manifestação contra a violência na faixa de Gaza, no centro de Juiz de Fora. O ato mobilizou representantes da CUT, e contou com a distribuição de panfletos e um abaixo-assinado, para pressionar as autoridades brasileiras a se posicionarem ou pressionarem de alguma forma a comunidade internacional. Assinei, na esperança de que meu nome e identidade pudessem ir até o Oriente Médio e criar um cessar-fogo sem precedentes. De verdade. Estou para escrever sobre o assunto há algum tempo, e este foi somente o estopim.

Fato é que me sinto definitivamente mal com tudo o que tem acontecido por lá. Por mais que a violência já tenha sido banalizada na mídia brasileira e internacional, tais cenas de violência ainda me causam raiva, angústia. Causam-me medo. Elas servem para que a idéia que tenho sobre os seres humanos, de um modo geral, seja reafirmada: eles são ESTÚPIDOS. Sim, estúpidos. Como bem observou minha amiga Janaína AlmCost, é assim que a (des) humanidade festeja os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. A comemoração dos Estados Unidos não foi diferente: se absteve na votação da ONU, que determinava um cessar-fogo para a região. A proposta foi aprovada, mas se o aval da potência norte-americana. Vale lembrar que os EUA apóiam o estado de Israel. Conveniente, não?

Escrevo este post com uma sensação estranha, envolto numa nuvem de sensações que se alternam entre a imobilidade e a revolta. Faço isso como que numa tentativa de compensar a morte de 813 pessoas em Gaza (dentre estas, 800 palestinas), desde a volta dos ataques na região em 27 de dezembro; mesmo sabendo que sou uma gota no oceano lutando contra a maré. Pois bem: o mínimo que posso fazer é tentar esclarecer alguns pontos envolvendo Israel, judeus, palestinos, Hamas, Fatah, et cetera. Se você ainda fica confuso (a) em meio a tantos detalhes (às vezes eu mesmo fico), e tampouco que ir à Wikipedia, a hora é essa.

Adiantando: esta é apenas uma pequena parte da história dos conflitos no Oriente Médio. O que escrevi abaixo foi somente um panorama geral, para uma compreensão básica dos fatos. A situação é ainda pior, quando consideramos as demais nações da região, bem como todos os acontecimentos passados. A situação lá é sangrenta, e envolve muito mais ideais e interesses do que nós podemos imaginar. Envolve os EUA, que por si só contribui para grande parte do problema, e mais algumas dúzias de picuinhas. Sinceramente, ainda tenho esperanças de que tudo se resolva, um dia. Tomara que o Obama dê uma ajudinha (Yes, we can!).



Estado de IsraelQuem é Israel? Breve passagem histórica

A origem de Israel, tal como o conhecemos hoje, está ligada ao desenvolvimento do movimento sionista, que defendia a criação de um estado judeu. No primeiro Congresso Mundial Sionista, realizado na Suiça, em 1897, um programa de compra de terras foi aprovado com essa finalidade. Historicamente a Palestina está ligada às tradições judaicas, e lá foi, justamente, o local escolhido. Os palestinos que eram, em sua maioria, agricultores, foram pressionados a deixar suas terras, já naquela época, por não poderem competir com os investimentos judaicos.

Surgia aí um confronto entre direito histórico (judaico) e direito legítimo (palestino). Portanto, desde essa época os judeus já começaram a se mudar para essa região. Mas foi com o término da 2ª Guerra Mundial e a conseqüente intolerância judaica na Europa, gerada pelo holocausto, que a migração foi massiva. O sonho do estado judeu estava em seu ápice. A ONU, então, aprovou a partilha da Palestina, e criou o estado de Israel, de fato.

Conflitos se sucederam por praticamente dois anos, já que a Liga Árabe não aceitou a partilha. No final das contas, os palestinos ficaram praticamente sem o território proposto inicialmente pela ONU, já que foram expulsos pelos israelenses e rejeitados como refugiados pelos árabes.

Depois disso, muitos conflitos existiram. Por exemplo a Guerra dos Seis Dias, que teve a consolidação de Israel como potência militar no Oriente Médio. Do outro lado da moeda, estava Gamal Abdel Nasser, que pregava a unificação dos estádos árabes (pan-arabismo). Se quiserem mas detalhes, Google! Ainda tem a Guerra do Yom Kippur, as Intifadas, os Tratados de Oslo, os muros de Ariel Sharon...

Hamas e Fatah

Hamas e Fatah são partidos políticos e paramilitares palestinos que lutam, de modo geral, pela mesma coisa: pelas terras perdidas para Israel na Guerra dos Seis Dias. O Fatah, que tem como um dos criadores Yasser Arafat, é mais moderado (reconheceu até mesmo o direito de existência de Israel), enquanto o Hamas é mais extremista. Sim, todos esses conflitos são resumidos a (direta ou indiretamente) posse de terra. Vale lembrar que o Hamas tem, atualmente, a maioria das cadeiras no parlamento palestino.

Hezbollah (ou Hizbollah)

Grupo político e militar do Líbano, com ideais xiitas, que foi criado durante a invasão israelense ao país em 1982. É considerado pelos Estados Unidos como um grupo terrorista. Para os libaneses, é um movimento de resistência a Israel. Apóia o Hamas.

Faixa de Gaza

Região do Oriente Médio que recebe este nome por sua capital, Gaza. É densamente povoada, com cerca de 1,5 milhão de habitantes ocupando 360 km². A região não pertence a um país soberano: a jurisdição é exercida pela Autoridade Nacional Palestina (ANP), enquanto o espaço aéreo e o acesso marítmo são controlados por Israel.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Confortavelmente entorpecido

Pois é. É assim que tenho me sentido nos últimos dias: confortavelmente entorpecido. Não, não estou usando drogas. Nem estou de porre. É que, bem... O ócio nos faz refletir sobre diversas coisas, inclusive sobre 2009 e suas conseqüências. Principalmente quando acompanhado de momentos estratégicos, regados a uma boa música.

2008 foi um ano incrível para mim. Passei bem colocado no vestibular, conheci muita gente nova, freqüentei ambientes diferentes e vivi novas experiências amorosas... Foi um ano que voou. Mas não sinto que isso vai acontecer em 2009. Pelo menos não agora. Ainda estou tomado por muitas incertezas e, por conta disso, sendo mal compreendido na maioria das vezes. O jeito é pensar positivo e torcer para tudo dar certo, não é? Talvez eu seja mesmo muito peculiar.

Enquanto isso, vou correndo por aí. Literalmente. Já estou treinando para a São Silvestre desse ano (para quem não sabe, sou um corredor amador desde o início de 2008)! Se eu tiver condições financeiras, irei. Alguém me acompanha?

Ah, e antes que eu me esqueça: vou tentar me adaptar às novas regras da língua portuguesa. Vou precisar disso para garantir meu futuro, hehehe... Mas poxa, eu não quero abandonar o trema. Sei lá, ele é tão... Simpático. Durante anos, eu era o único a usá-lo na escola. E tinha orgulho disso! Portanto, o trema fica. Ao menos aqui no blog.